sexta-feira, 8 de abril de 2011

Itapagipe de olho na Copa

Foto - Noel Tavares
Um auditório lotado. Cerca de 50, 100 ou 200 pessoas dentre elas duas pessoas que estimo muito: a jornalista Selma Moraes, representando o secretário Nei Campelo além do professor Lício Ferreira. Na verdade não sei o número exato, mas sei o que eles querem. Eu estou escrevendo um pouco do que percebi hoje (7), no SESI do Caminho de Areia em Salvador. Numa discussão sobre o que a Copa do Mundo de 2014 vai deixar para a Península Itapagipana, os moradores do local e de parte do subúrbio mostraram que estão cheios de enganação. E sinceramente, o que a copa vai deixar? Essa pergunta ainda paira em diversos setores da sociedade baiana.
Gente, não adianta promover um evento, ser aplaudido pela forma em que trabalhou a organização, fazer comparações com o carnaval e não aproveitar os frutos do que esse mesmo evento chamado “Copa do Mundo” pode deixar para uma sociedade que carece de infra-estrutura, moradia, transporte e por programas sociais que realmente contemple as camadas da população que mais precisam.
A discussão de hoje foi promovida pela Comissão de Articulação e Mobilização dos Moradores da Península de Itapagipe (Rede CAMMPI). A intenção é mobilizar toda a cidade para garantir a participação da sociedade civil no debate sobre investimentos da Copa do Mundo no município de Salvador e proximidades. Baseado nesses termos pensamos: como a sociedade vai saber se o valor liberado está sendo investido nas obras por completo e sem desvio? Em uma das indagações foi perguntado como abrir a caixa preta da copa?
Como resposta, sugeri que a comunidade de Itapagipe forme um grupo, procure a SECOPA, exija esclarecimentos e, antes de tudo, informe a imprensa todos os passos, para uma possível cobertura, mesmo sabendo que a imprensa também tem seus limites (interesses). Com o slogan “Se a Copa é boa eu também quero”, os moradores de Itapagipe mostraram que estão atentos a tudo e que não vão parar com esse tipo de questionamento. Parabéns senhores.
Na oportunidade cheguei a questionar e expor que tenho no coração um pouco da cidade baixa. Sou nascido e criado em Paripe, subúrbio ferroviário. Estudei na Ribeira por mais de seis anos, fiz aulas de natação no SESI do Caminho de Areia e, neste sábado (9), vou ser homenageado na Liga de Futebol do Laska, próximo ao largo do Papagaio.
A discussão foi muito bem provocada por Raimundo Nascimento, membro da Rede CAMMPI. Na mesa estiveram: o jornalista Paulo Leandro, Secretário de Redação do Jornal Correio da Bahia; Noel Tavares, locutor-apresentador da Rádio Sociedade da Bahia e Assessor de Comunicação da Guarda Municipal do Salvador; Marcos Antonio Torres, Administrador de Empresas e apresentador da Rádio Metrópole FM; Jorge San Martin, comentarista da Rádio Nova Salvador FM e Rui Botelho, apresentador da Rádio Metrópole e da TV E.

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