terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Sindicato fecha TV E e Rádio Educadora em Salvador


Foto - Noel Tavares

Manhã de segunda-feira (5), um susto para quem chegou para trabalhar no Instituto de Radiodifusão da Bahia - IRDEB. Um susto também para quem passou pelo local. Motivo: um protesto realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Rádio, Televisão e Publicidade do Estado da Bahia. Para brigar por seus ideais, os sindicalistas fecharam os portões de acesso a Rádio Educadora e a TV Educativa, localizadas no fim de linha do bairro Federação. Com a atitude, os funcionários que chegavam para trabalhar não tiveram como entrar e desenvolver suas atividades no IRDEB que está há cerca de 19 anos sem realizar concurso público.

Além dos sindicalistas da Bahia, o movimento recebeu o apoio de Fernando Cabral, presidente do Sindicato dos Radialistas de Sergipe que relatou que o profissional da área em Sergipe passa a mesma situação que os de Salvador: salário baixo; falta de condição de trabalho e plano de cargos e salários. “Queremos unificar a luta dos trabalhadores de Rádio e TV de todo o Brasil”, completa. Eu (Noel Tavares) estive lá para acompanhar de perto.


Foto - Noel Tavares
De acordo com nota distribuída pelos sindicalistas, no IRDEB a situação não é boa para o trabalhador, pois, os móveis são inadequados para o local, o ambiente de trabalho é favorável ao surgimento e desenvolvimento de doenças infectocontagiosas e o salário dos trabalhadores está abaixo do piso da categoria. “Não podemos esquecer do tanque de água que fica atrás da TV e que está cheio de rachaduras, correndo risco de ruir a qualquer instante”, completa a nota.

O documento informa ainda que ao longo dos 26 anos do IRDEB, alguns funcionários desenvolveram uma série de doenças ocupacionais, principalmente porque os móveis dos departamentos são inadequados para o exercício da função. As queixas dos trabalhadores não param por aí. Hora extra, acúmulo de funções, domingos e feriados que não são pagos, completam as reclamações. Outra denúncia feita pelo sindicato é sobre a lei 6.615/78 e o decreto 84134/79 que abordam sobre a exploração de áudio e vídeo. O profissional da TV E tem suas matérias realizadas para o jornal da emissora, também veiculadas nos ônibus da empresa BTU, sem o profissional ser recompensado por isso.


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