quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A casa nossa de cada dia: ela pode cair!


Foto - Noel Tavares



Meus amigos, para que ninguém me chame de demagogo, começo este texto informando que para hoje eu ter onde colocar a cabeça para dormir foi preciso muita luta: investimento na hora certa, e acima de tudo orientação de Deus. Está certo que quero mais, pois pretendo logo em breve fazer outro investimento em moradia, mas é preciso analisar as propostas, perceber as possibilidades de pagamento para não esquentar a cabeça lá na frente e também observar onde e como o empreendimento foi construído. Toda essa volta que faço é para mostrar ou denunciar que com a expansão imobiliária que todos tanto promovem, a natureza está sendo devastada na frente de todos e o cidadão se torna impotente. São autorizações e mais autorizações para erguer prédios e mais prédios. Aqui em Salvador, um exemplo é avenida Paralela que só resta o lixo do que era verde, e os espigões continuam subindo. Outra área que está virando o deserto do Saarah (quando se fala em verde) é a Estrada Velha do Aeroporto: as autoridades nem a iniciativa privada se preocupam com a infra-estrutura, e a cada dia, promovem mais ainda a compra de chácaras, desapropriam e em seguida constroem. Outro exemplo clássico é o bairro Cajazeiras, a devastação ocorre nos morros, na praia de Tubarão em Paripe, os morros estão sendo destruídos para a construção de barracos, e ninguém se preocupa com o exemplo fluminense, quando na região serrana do Rio de Janeiro, centenas de pessoas morreram soterradas, outras perderam tudo inclusive familiares, sem contar com aqueles que estão desaparecidos. O governo federal comemora o grande número de casas entregues no programa habitacional “Minha Casa Minha Vida”, mas na verdade a Caixa Econônica Federal não perde nada, pois fechou 2010 com o Record de crédito imobiliário de R$ 77,8 bilhões. De acordo com os cálculos, estes números representam 57,2% sobre o valor registrado em 2009. O banco teve lucro líquido em 2009 de R$ 3,8 bilhões. Acredito que a ganância do homem não vai ultrapassar barreiras, e que a caixa vai ser mais exigente ao realizar financiamentos, e além de tudo, vai fiscalizar também se esses terrenos são apropriados para a construção. Na verdade, esse recado serve também para governo estadual e municipal que fiscalizem suas terras e impeçam o que esse relato expressa.


Foto - Noel Tavares


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